quinta-feira, 27 de junho de 2013

Observações - NGC 4755 Caixa de jóias

Constelação: Cruzeiro do Sul
Fotografia do aglomerado da Caixa de jóias, ilustra como seria
a visão a partir de um telescópio de aproximadamente 500mm
Tipo: Aglomerado aberto
Magnitude:4.2
Dimensão: 10'


   A olho nú pode ser visto como uma estrelinha difusa ao lado de Mimosa (βCru), mas com algum instrumento ela se mostra um belo aglomerado, compacto mas muito brilhante e atraente.
  Suas estrelas mais brilhantes fazem uma forma triangular, com estrelas azuis-brancas e apenas uma gigante vermelha de magnitude 7.2 no centro, com uma cor Rubi que chama a atenção do observador. Por ser um aglomerado pequeno ele é melhor visto com maiores ampliações, mas tambem é facilmente visto com binóculos e pequenas lunetas.
   Observei esse aglomerado algumas veses em S. Paulo e em S.Roque, Conserteza as melhores observações foram em S. Roque, longe da poluição de S.Paulo. Lá observei ele atraves do meu telescópio refletor de 127mm, com qualquer aumento a visão era fantástica, mas foi melhor com 110x. Com esse aumento pude contar 34 estrelas, sendo 6 delas de magnitudes entre 5.8 e 8, as demais são cerca de 15 com magnitude entre 8.1 e 10, as outras são de magnitudes entre 10.1 e 12.
Localização de NGC 4755

  Quanto maior for a abertura do telescópio, mais estrelas serão vistas, e calculo que o aumento ideal seja em torno de 170x, por ser um aglomerado muito pequeno e compacto.
   Para localizá-lo é muito fácil, ele se encontra muito próximo à estrela βCru, conhecida como mimosa, sendo assim basta apontar para essa estrela e em seguida mover um pouco para baixo e para a esquerda da constelação e lá estará ele, facilmente identificável.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

O que são cometas?

O esplêndido cometa McNaught (C/2006 P1), que em 2007
atingiu magnitude negativa .
     Eu diria que toda pessoa deveria ver um grande cometa ao menos uma vez, para então estar realizada.
     Os cometas são sem dúvida os corpos celestes mais belos de serem observados e fotografados, mas também são os mais inconstantes e imprevisíveis. Entenda o porquê nesta postagem.

     A principal diferença dos cometas para os demais astros do sistema solar é a sua órbita que, somada a sua composição, faz com que seja muito difícil prever como o cometa vai se comportar quando se aproximar do Sol. A órbita dos cometas é na grande maioria dos casos extremamente elíptica, ou seja, em seu afélio o astro pode se afastar muito do Sol, chegando a sair do sistema solar, ao passo que seu periélio é muito próximo do Sol, muitas vezes quase tocando sua atmosfera ou até, em não raras ocasiões, acabam sendo engolidos pela nossa esfomeada estrela. Além de terem essas órbitas muito elípticas os cometas também viajam em qualquer direção dentro do sistema solar, totalmente o contrário dos comportados planetas, que traçam suas órbitas em uma elipse quase esférica e estão todos no mesmo plano de órbitas O período da órbita de um cometa também é muito variável, podendo ser menor que uma década ou de milhares de anos.
   
A imagem mostra um exemplo da órbita
elíptica de um cometa e a formação das suas
duas caudas (poeira e íons).
O segundo fator, como foi dito, é a sua composição. Os cometas geralmente são gigantescas bolas de poeira, gelo e rochas espaciais, com comprimentos também muito variáveis, o que torna sua estrutura muito fraca e volátil a variações de temperatura. O resultado dessa mistura explosiva é realmente algo que podemos chamar de explosão.
     Quando a excentricidade da órbita de um determinado cometa o trás dos confins do sistema solar, onde a temperatura é próxima ao zero absoluto (cerca de -270ºC) e com muito pouca exposição aos raios e ventos solares, para o interior do sistema, abaixo da órbita de Júpiter e Marte, o cometa leva um verdadeiro choque térmico e começa a se desintegrar. O calor e partículas solares que atingem a superfície do cometa fazem com que seu gelo comece a evaporar, formando o que chamamos de coma ou cauda. Durante esse processo muita poeira se solta da superfície do cometa, formando uma segunda cauda.
     O que na verdade a trágica destruição de uma bola de sujeira espacial, apresenta-se para nós como um magnifico espetáculo, porque todo esse gelo e poeira que o cometa solta por onde passa reflete a luz do Sol, formando uma cauda brilhante no espaço e alguns deles são grandes e brilhantes o bastante para serem observados por telescópios amadores ou até mesmo a olho nu.
     Todo ano são descobertos dezenas de cometas se aproximando do Sol, mas são raros os que fazem um grande show, exatamente por causa dos fatores já citados. Apesar de todo cometa ter em sua composição gelo e poeira, é impossível saber a quantidade desses elementos e como eles se comportarão quando receberem calor e radiação solar, além é claro de quão perto ele se aproximará do Sol.
     É comum sabermos de algum cometa que promete brilhar até ser visto a olho nu, mas na hora "H" ele mal é visto por telescópios.
     Apesar de os cometas brilhantes a ponto de serem visto a olho desarmado serem raros, todo ano aparecem vários cometas que atingem magnitudes entre 6 e 12 no periélio, estando ao alcance de telescópios amadores.

Observação de cometas
     
Fotografia amadora do cometa C/2011 L4 Panstars, que pôde
ser visto a olho nu em março de 2013.
Como se não bastasse serem astros imprevisíveis e inconstantes, os cometas tão bem são, muito frequentemente, difíceis de serem encontrados. Isso se deve tanto pela sua velocidade - quando estão brilhantes o suficiente para serem visíveis por telescópios, os cometas se movem rápido pela esfera celeste, mudando sua posição a cada dia - e por seu brilho difuso.
     Bem, quanto a sua velocidade, isso não será problema para um astrônomo amador interessado em observar qualquer cometa. Basta estar munido de uma carta celeste com as coordenadas de onde se encontra o cometa, e usar outros astros no céu como ponto de referência para localizá-lo. Há atualmente uma grande variedade de softwares que facilitam essa tarefa, como o Stellarium.
     Já para observar o cometa precisamos nos atentar a alguns detalhes:
-> A magnitude do cometa. Como já citei anteriormente, cometas visíveis a olho nu (com magnitude menor que 5) são raros; mas todo ano aparecem cometas com brilho suficiente para serem vistos por telescópios amadores ou binóculos.
-> Brilho de superfície. A magnitude de um cometa é dada pelo seu brilho de superfície, que é a estimativa da magnitude de toda a sua área de brilho como se estivesse concentrada em um ponto único, como o brilho de uma estrela. Por isso é importante lembrar que a realidade será muito menor que a expectativa da magnitude anunciada. Tendo como referencia um telescópio amador onde a magnitude limite é 12, será possível observar cometas com magnitude até 10.
     Além do seu brilho outra característica importante é o grau de condensação da coma (DC - degree of condensation), que é uma estimativa de quanto a matéria está condensada em torno do núcleo do cometa, e é medida de 0 a 9, onde 0 é uma coma totalmente difusa e 9 uma coma pequena, bastante concentrada.

! Para melhor observação de astros difusos, como os cometas, é ideal que o observador busque um local com baixa iluminação e longe da poluição das cidades, assim poderá apreciar melhor o céu.

Características de um cometa:
Cometa West (1970),
mostrando suas duas
caudas separadas.
     - Núcleo: É a parte sólida central do cometa, geralmente formada por rochas, gelo e poeira. O núcleo pode ter desde alguns metros a alguns quilômetros de tamanho.
     - Coma e cauda: Quando o núcleo do cometa é aquecido ao se aproximar do sol parte do seu material evapora e se solta, formando uma atmosfera muito tênue e e grande em volta do cometa, esta é a sua coma. A coma é iluminada pelo Sol e pode ser vista a olho ou por fotografias.
     Conforme o cometa percorre sua trajetória a coma forma duas caudas, uma de poeira, normalmente curva seguindo a trilha que o astro fez, e outra de íons que sempre apontará na direção oposta à do Sol, por ser guiada pelo vento solar.

Classificação e nomenclatura dos cometas

   Em Janeiro de 1995 foi estabelecida uma lista com algumas regras para como seriam chamados os cometas, para assim ficar mais fácil de saber algumas informações básicas sobre o astro em questão só de ler o seu nome.
     Vou usar aqui o nome de um cometa fictício, para servir de exemplo na explicação, então, "meu" cometa vai se chamar "2P/2013 B1 (Helfenstens)"

     Vamos começar então pela primeira parte do nome, 2P. Essa parte do nome é exclusiva da sua classificação, e ela pode ser de três tipos diferentes:
        P/ - Significa que o cometa em questão é de curto período, com P < 200 anos e pelo menos duas passagens pelo periélio já observadas, ou não periódico com P < 30 anos.
        Para os que são periódicos a letra P ainda vem precedida por um numero, que significa a ordem em que foram confirmadas as suas descobertas após sua segunda passagem pelo periélio.
        C/ - Essa classificação é dada aos cometas não periódicos, ou seja, um cometa que após descoberto fará sua passagem pelo periélio e não retornará mais.
        D/ - Pode ter dois significados: 1- O cometa é de curto período mas seu período não pode ser calculado com exatidão; 2 - O cometa foi considerado perdido, podendo: ter se desintegrado, ter sido absorvido pela gravidade de outro astro maior, ou simplesmente não pôde mais ser localizado.

     A segunda parte do nome, 2013 B1, faz referência à sua descoberta. 2013 é o ano em que foi descoberto e este sempre será seguido de uma letra maiúscula do alfabeto latino, que significa a quinzena do ano em que foi descoberto, sendo: A = 1ª quinzena de janeiro; B = 2ª quinzena de janeiro; C = 1ª quinzena de fevereiro, e assim por diante, lembrando que as letras I e Z não são utilizadas. Depois da letra vem um numero que indica a ordem da descoberta dentro dessa quinzena.
     Se acontecer de o cometa se fragmentar, cada fragmento recebera depois do nome um traço seguido de uma letra maiúscula (com exceção da letra I ) , por exemplo: C/2011 D2-A, C/2011 D2-B, C/2011 D2-C, ....... , C/2011 D2-W.

     Agora sabemos que o cometa 2P/2013 B1 (Helfenstens) é periódico, com duas passagens já observadas e foi o primeiro cometa descoberto na segunda quinzena de 2013. o "(Helfenstens)" é uma opção que o descobridor tem de colocar o seu nome ou sobrenome no cometa que descobriu, ou pode ser também o nome do satélite ou telescópio que permitiu a descoberta.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Constelações - Órion

 
   Orionis (Ori)


Tirei essa fotografia em São Paulo, capital, e mesmo sob condições de
alta poluição luminosa e atmosférica as belas estrelas da
constelação de Órion (esquerda) ainda são perfeitamente visíveis,
juntamente com as da constelação de Cão Maior (direita).

      Quem nunca olhou para o céu somente para procurar pelas "Três Marias" ou as "Três irmãs"? Na verdade esse famoso asterismo é apenas um pedacinho de uma constelação que deve ser a mais admirada de todos os tempos por vários povos que já passaram e passam pela Terra.
     O desenho clássico da constelação tem origem na antiga mitologia grega e mostra um gigante caçador chamado Órion ou Orionte, filho de Poseidon  o deus dos mares com uma mortal, segurando uma clava em uma das mãos e uma pele de animal na outra. Há duas versões mais comuns para o mito de Órion, na primeira delas o gigante aparece casado com Ártemis, deusa da caça, e seu irmão Apolo com muito ciumes envia um escorpião gigante para matar o galante herói, mas o escorpião não consegue alcançar Órion, até que em uma noite escura, quando Órion caminhava pelo mar somente com a cabeça para fora das águas, Apolo desafia sua irmã a acertar aquele alvo, e ela com sua mira implacável e sem saber que se trata de seu amor, atira e o fere mortalmente. No segundo mito Órion também aparece como um gigante caçador, mas desta vez ele tenta estuprar Ártemis, então ela mesma envia um escorpião gigante à caça de Órion, e este o fere e o mata.
     Em ambas as histórias o grande Órion é transformado por Zeus, o deus dos deuses, em uma constelação, juntamente com seu cão de caça Sírius, que se torna a bela constelação do cão maior; o escorpião gigante também é levado aos céus em forma de constelação, mas devido a rivalidade com Órion eles nunca se encontram, quando um nasce no leste o outro está se pondo a oeste e vice-versa.
     Independente da mitologia, o asterismo de Órion sempre foi visto de uma forma especial, principalmente relacionado a agricultura, festas e chegada de estações, no período do ano em que a constelação começa a aparecer após o sol se por.
     A constelação de Órion localiza-se no equador celeste, o que significa que geograficamente falando, é uma constelação que pode ser vista em ambos os hemisférios e em quase qualquer ponto do planeta, estando visível de Novembro a  meados de Março após o entardecer, e de Agosto a Outubro durante a madrugada.
   Outra curiosidade sobre essa constelação é que as 7 estrelas que formam o asterismo principal são de magnitude inferior a 3, tornando a constelação visível até em lugares com grande poluição luminosa e atmosférica.


Estrelas Principais
α Ori, Betelgeuse, magnitude: 0.45
classe espectral: M2
β Ori, Rigel: magnitude: 0.15
classe espectral: B8
γ Ori, Bellatrix, magnitude: 1.6
classe espectral: B2
δ Ori, Mintaka, magnitude: 2.4
classe espectral: O
ε Ori, Alnilam, magnitude: 1.65
classe espectral: B
ζ Ori. Alnitak, magnitude: 1.85
classe espectral: O
κ Ori, Saiph, magnitude: 2.05
classe espectral: B
λ Ori, Meissa, magnitude: 3.5
classe espectral: O


Objetos de interesse

Grande Nebulosa de Órion
     É uma nebulosa de emissão visivelmente grande, como o nome já diz, e pode ser vista até a olho nu, sob boas condições atmosféricas, mas é difícil falar exclusivamente dessa nebulosa, porquê quando a observamos vemos um conjunto de nebulosas e aglomerados estelares juntos, então vou descrever um pouco de cada um:

NGC 1980
Tipo: Nebulosa difusa
Magnitude:
     Aglomerado aberto com nebulosidade, ao sul da grande nebulosa, pode ser vista a olho nu, quando vista ao telescópio apresenta um grupo de 15 estrelas com magnitudes entre 5 e 9, próximo a gigante azul ι Orionis, com magnitude 2.7.

NGC 1976 - M42
Tipo: Nebulosa difusa
Magnitude: 4
Dimensão: 90'x60'
     Muito grande e brilhante quando vista por qualquer instrumento ótico, visível até mesmo sob condições de alta poluição. Aparenta a forma de um pássaro com as asas abertas e no centro da nebulosa encontra-se a estrela múltipla θ Orionis.

NGC 1982 - M43
Tipo: Nebulosa difusa
Magnitude: 8
     É uma parte da nebulosa M42, separada por uma faixa de poeira escura.

NGC 1973, 1975 e 1977
Tipo: Nebulosa de emissão
Magnitude: Em torno de 7
    Outra nebulosa grande e brilhante, dividida por faixas de poeira. Quando observada com telescópios de grande abertura podem ser vistos vários veios de gás emergindo do centro, formando belos desenhos, assim como na nebulosa M42.

NGC 1981
Tipo: Aglomerado Aberto
Magnitude: 4.2
   Aglomerado com 9 estrelas de magnitude entre 6 e 8, entre outra menos brilhantes. Visível a olho nu.

NGC 2174 e NGC 2175
     Trata-se de um conjunto formado por um aglomerado aberto (NGC 2175) envolto em uma grande nebulosa (NGC 2174). Esta nebulosa é bastante conhecida por apresentar-se muito brilhante e colorida em imagens de longa exposição e também por uma famosa imagem feita pelo telescópio espacial Hubble, onde um pequeno pedaço da nebulosa conhecido como a montanha foi fotografado em alta resolução, apresentando uma belíssima imagem.

     Essa nebulosa pode ser vista com telescópios pequenos, mas é importante estar em lugares longe de poluição luminosa para que se possam ser percebidos melhores detalhes.



NGC 1788
Tipo: Nebulosa de Reflexão
Magnitude: Não especificada
Dimensão: 5'x3'
     Uma pequena nebulosa nos limites da constelação, melhor vista com telescópios a partir de 150mm de abertura.




NGC 2068 - M78
Tipo: Nebulosa de reflexão
Magnitude: 8
Dimensão: 8'x6'
    Nebulosa fácil de ser localizada e bastante brilhante, apresenta um bonito padão de cores e forma em fotografias de longa exposição. Outras duas nebulosas estão associadas a ela, são: NGC 2064 e NGC 2067, que fazem parte da mesma nebulosa, e ha também a brilhante NGC 2071, um pouco mais afastada desse grupo.
     As nebulosas NGC 2068 e 2071 são bem visíveis com aberturas a partir de 100mm.


NGC 1999
Tipo: Nebulosa de emissão/reflexão
Magnitude: Não especificada
Dimensão: 2'x2'
    Pequena e com aspecto circular, envolve uma estrela de magnitude10.



NGC 2022
Tipo: Nebulosa planetária
Magnitude: 11.6
Dimensão: 28"x27"
     A imagem ao lado é um desenho feito a partir da observação dessa nebulosa com um telescópio newtoniano de 200mm, com 166x de aumento.




NGC 2024 - Nebulosa da chama
Tipo: Nebulosa difusa/reflexão
Magnitude: 8.5
Dimensão: 30'x30'
     Fica ao lado da estrela Alnitak, de magnitude 1.85, o que dificulta a observação dessa grande nebulosa. Com aberturas de 150mm ou mais é possivel ver faixas escuras em sua forma.



IC 434 - Nebulosa da Cabeça-de -cavalo
Tipo: Nebulosa escura + nebulosa de reflexão
Magnitude:
Dimensão:
     Uma nebulosa muito conhecida pela sua peculiar forma, que na verdade é uma sobreposição de uma grande nuvem de poeira escura sobre uma brilhante nebulosa de reflexão. Encontra-se no meio do famoso cito de Órion, próxima da estrela Alnitak e da nebulosa NGC 2024, mas infelizmente só é visível com telescópios gigantes e fotografias de longa exposição.


NGC 1662
Tipo: Aglomerado Aberto
Magnitude: 6.4
     Aglomerado bastante esparso, com 9 estrelas de magnitude entre 8.5 e 10.






NGC 2169
Tipo: Aglomerado Aberto
Magnitude: 5.9
     Pequeno aglomerado com estrelas de magnitude 7 a 11. Apresenta a forma imaginária do numero "37".






Se você está com dúvidas sobre os objetos e termos aqui citados, visite a página Familiarizando ou deixe sua pergunta nos comentários!

sábado, 19 de janeiro de 2013

Constelações - Lebre

     Leporis (Lep)

     Pouco se sabe sobre a história dessa bela constelação, mas sua identificação como a figura de uma lebre vem de muito tempo atrás. Muitas histórias antigas giram em torno da constelação da lebre, algumas vindas da antiga Grécia, atribuindo a lebre da constelação a um animal sagrado da deusa Ártemis, com uma pelagem de prata e impossível de ser caçada, outros mitos atribuem sua imagem à fertilidade e a abundância de alimento, entre outras mais, sendo assim difícil dizer com certeza a origem da sua história.
     Mas para a alegria dos astrônomos amadores, é a 51ª constelação em ordem de tamanho (área) e sua localização é muito fácil: em meio às estrelas mais brilhantes dos céus de verão. A lebre repousa aos pés da grande e bela constelação de Órion,  ao lado da constelação de Cão Maior e próxima à brilhante estrela Canopus (constelação da Carina).

Estrelas principais     


α Lep, Arneb, magnitude: 2.55
classe espectral: F0
β Lep, Nihal, magnitude: 2.8
classe espectral: G5
γ Lep, magnitude: 3.55
classe espectral: F5
δ Lep, magnitude: 3.75
classe espectral: G8
ε Lep, magnitude: 3.15
classe espectral: K4
ζ Lep, magnitude: 3.55
classe espectral: A2
μ Lep, magnitude: 3.25
classe espectral: B9





Objetos de interesse

NGC 1904 (M79)
Tipo: Aglomerado Globular
Magnitude: 7.7
Dimensão: 8,7'
   Pequeno, mas bastante brilhante, é um bom aglomerado para se ver com um telescópio com 100mm ou mais. Seu núcleo forma uma mancha brilhante salpicado de pequenas estrelas em volta.




NGC 2017
Tipo: Aglomerado Aberto
Magnitude: -
Dimensão: 10'
   Este pequeno aglomerado é formado por 6 estrelas, 5 delas com magnitudes entre 7.5 e 10.5, e no centro do aglomerado uma gigante azul com magnitude 6.7. O agrupamento das estrelas desse aglomerado não é feito por uma força gravitacional entre eles, mas sim por uma perspectiva de visão, apenas dando a impressão de que é um aglomerado.


NGC 1964
Tipo: Galaxia Espiral
Magnitude: 10.9 - Brilho de superfície: 13.4
Dimensão: 5.6' x 2.1'
   Possui um brilho muito tênue para ser vista com aberturas menores do que 120mm. Em boas condições climáticas, aparece com um núcleo enevoado e o disco quase passa despercebido.


Gama (γ) Leporis 
Trata-se de uma estrela dupla, facilmente separada com um telescópio pequeno ou um bom binóculo. A dupla é formada por uma estrela amarela de 4ª magnitude e uma alaranjada de 6ª magnitude. Possuem também uma companheira na 12ª magnitude.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Tirinhas #1 - Problemas com piolhos


Olá a todos os leitores!
Tive a ideia de mesclar algumas tirinhas no meio das outras postagens do blog, fazendo uma leve sátira com os planetas e corpos celestes do nosso sistema solar, espero que gostem.